sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

PINHEIRINHO


Dois videos onde se sintetiza bem toda a historia, assim como o massacre ocorrido no passado domingo, numa ocupacao em Sao Jose dos Campos, estado de Sao Paulo. As pessoas construiram as suas casas neste terreno que ocupavam ha oito anos, e que pertence a uma grande milionario e bandido Najy Naahs. As autoridades tinham duas opcoes: de um lado 9 000 pessoas, do outro lado 1 pessoa. Para quem ainda pensa que o Estado esta ao servico do povo assista a esta chacina, a este massacre. Estado de sitio, guerra decretada pelo Estado contra seu proprio povo. Assista e ajude a desmascarar a imagem da amigavel Dilma. VERGONHA.

http://www.youtube.com/watch?v=NBjjtc9BXXY

e

http://www.youtube.com/watch?v=YHUiFYtwXOA




sábado, 12 de novembro de 2011

Aftermath of a Crisis



Estamos num momento de transição. O futuro é incerto. As pessoas não se sentem representadas pelo poder político e financeiro mas as alternativas (movimentos sociais que criem partidos políticos, revoluções violentas, etc) também não são soluções que claramente demonstrem uma melhor solução.
Este documentário trata este momento histórico.
Manuel Castells (http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Castells) reuniu alguns pensadores em Lisboa para tratar estes assuntos.
Obrigatório!

Hugo Confraria

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Crise da dívida pública Europeia explicada



Este vídeo explica a principal causa da crise de dívida pública que vivemos hoje na Europa.
Com a criação da Zona Euro, os estados ficaram impedidos de criar moeda através dos seus próprios Bancos Centrais. A expansão monetária actualmente só pode ser feita através da banca privada (como explica o vídeo).

- Os bancos privados pedem dinheiro ao BCE a taxas perto de 1% e emprestam a taxas muito superiores (Portugal ± 4%, Grécia ±6%, Privados >6%)

Assim, o lucro dos bancos privados (juros, spreads, etc) é retirado da "banheira" em forma de salários chorudos e bónus para os administradores e accionistas.
Esse dinheiro não desaparece, mas fica nas mãos dos detentores do capital (normalmente as pessoas mais abastadas), aumentando ainda mais a desigualdade entre ricos e pobres.

Dessa forma, para preencher a parte da banheira que foi para os capitalistas, é necessário emitir mais dívida. Aqui acontece exactamente o mesmo processo, os bancos retiram lucros dos empréstimos que fazem, expandindo a massa monetária, mas a longo prazo (Se os estados não tiverem orçamento "zero") a divida pública dos países vai sempre aumentar. Isto é um processo que nos moldes actuais não tem fim e vai levar á maior passagem de riqueza da história do público para o privado.

Muitos bancos hoje em dia são "to big to fail". Por isso, e porque esses bancos fizeram investimentos ruinosos, actualmente estão sem "liquidez" (têm casas, empresas falidas, activos tóxicos mas não têm dinheiro liquído), actualmente fala-se em injectar dinheiro nos bancos para facilitar o crédito a empresas e privados. Isto é ridículo. Porque é entender a raiz do problema sem a resolver.

Não sei se este sistema bancário foi criado por estupidez dos reguladores, ou por ganância e lobbies dos influenciadores dos reguladores. O que é certo é que se não houver uma mudança isto leva ao colapso do sistema financeiro.

SOLUÇÕES:

- Separar a Banca de Investimento da Banca Comercial (Depósitos) - Glass Steagall Act
- Nacionalizar TODA a Banca Comercial (Os juros dos empréstimos têm de retornar ao estado para financiar projectos públicos; resolvendo o problema do aumento da desigualdade entre ricos e pobres e amenizando o problema da dívida pública)
- Banca de Investimento (Empresas, microcrédito, Business Angels, Venture Capital) privada mas sem a possibilidade de ser "To big to fail". Se falir faliu e acabou! vai tudo ao ar! (Destruição criadora - Schumpeter)

PS: Claro que continuam a existir outros problemas como a corrupção política, despesismo público, promiscuidades entre privado e público, etc, para a resolução de todo o problema da dívida pública Europeia.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Immanuel Wallerstein. Determinismo e a vontade própria



Ideia muito interessante nesta entrevista.
Quando o sistema é relativamente estável é relativamente difícil de alterar as coisas, existe um determinismo que não permite que o paradigma mude.
Quando o sistema é instável, volátil pequenos esforços de "vontades próprias" podem levar a sociedade num sentido ou noutro.

O sistema económico ocidental está estruturalmente instável. Sistema bancário sem liquidez, sistema financeiro com falta de confiança, dividas públicas excessivas em demasiados países, problemas do euro, falta de lideranças políticas, etc.
Por outro lado a sociedade do conhecimento começa a despertar e a obter informação de forma independente. Dá ideia que imensas pessoas que noutras condições não se interessariam pelas questões sociais, começam a revoltar-se (Primaveras árabes, Indignados e agora os EUA).

Vamos lá ver se conseguimos abanar as estruturas suficientemente!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ethics in Economics



Este é um tema muito interessante. Se um economista com uma posição respeitada for influenciado a ter um tipo de ideologia que seja de acordo com o poder hegemónico ele terá muito mais legitimidade e notoriedade do que um que seja mais heterodoxo.
Este conflito de interesses faz com que economistas com uma visão fora do "mainstream" sejam vistos como radicais, pessoas que são inconsequentes nas suas ideias, o que os afasta dos principais círculos de decisão.
Outros problemas desta profissão passam pela elevada especialização que os investigadores hoje em dia são obrigados a ter, o que os torna muitas vezes desligados da visão "macro" da afectação de recursos e ainda a falta de activismo político que alguns economistas com visões divergentes demonstram ter. Penso que economistas evolucionistas, institucionalistas, neo-schumpeterianos deviam conseguir uma plataforma mais eficaz para conseguir transmitir os seus ideias ao poder.

Hugo Confraria